Casinha da Roça, do artesão Jairo Brasil, na exposição organizada por Cláudio Vasconcelos

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Pouco se sabe da vida e obra do artesão Jairo Brasil.

O pesquisador de cultura popular, Jandir Gonçalves, considera ele um dos artesões mais criativos do Maranhão.

Os dados disponíveis de Jairo Brasil estão na publicação “Modo de Fazer”, dos pesquisadores Luiz Carlos Manhães e Florilena Aranha, publicado em 1981.

Uma miniatura da casinha de Palha, de autoria de Jairo Brasil, está na exposição “Carnaval de Todos, um Maranhão de Alegria”, organizada pelo artista plástico Claudio Vasconcelos, neste período de Carnaval 2018, em São Luís,

A réplica da casinha de palha é para de vista com tempo e atenção.

Foi trabalhada nos mínimos detalhes. Mostra os brincantes ao redor da casa, pessoas nas janelas e adereços decorativos.

Jairo Brasil é autor de várias peças, principalmente de tipos populares.

As obras confeccionadas por ele têm como base arame e tecidos. São cuidadosamente incrementadas com miçangas, penas, palha, rendas, entre outros materiais.

Parte do trabalho de Jairo Brasil está exposto na Casa das Festas, Casa de Nhozinho e Casa do Maranhão, centros culturais que funcionam no Centro Histórico de São Luís.

Jairo Brasil 

A publicação Modo de Fazer informa que Jairo Brasil Nasceu no dia 20 de dezembro de 1933 e faleceu em 19 de março, em São Luís.

Estudou na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, de 1956 a 1963, quando se especializou em desenho e pintura.

Trabalhou, também, como repórter fotográfico, com passagem na revista Placar (esportiva) e jornal O Estado do Maranhão.

Ensinou desenho e arte no Centro de Artes Japiaçu e no Senac, em São Luís.

O artista fez miniaturas de vendedores pau d’água, lavadeiras, vendedores de melancia, verdureiro, carvoeiro, coreira de tambor de crioula, vaqueiro de bumba meu boi, jornaleiro, vendedor de laranja, sorveteiro, vendedor de tamancos, rendeira, funileiro, pescador, vendedor de caranguejos, vassoureiro, cesteiro, vendedor de pirulito e vendedora de juçara.

Jandir Gonçalves informa que Jairo Brasil fez maquetes para compor o acervo do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho. Entre os trabalhos, miniaturas de grupos de bumba meu boi, destacando os vários sotaques que compõem a diversidade dessa brincadeira da cultura popular maranhense.

Origem da casinha da Roça

A Casinha da Roça surgiu em 1946, quando um grupo de amigos recriou uma casa típica do interior do Maranhão na carroceria de um caminhão para brincar durante o Carnaval.

Dentro da casa, a animação é por conta de um grupo de tambor de crioula com seus tocadores de tambor e coureiras.

É decorada com objetos domésticos lamparinas, peneiras, frutas, coco babaçu e fogareiros.

Ao fundo da casinha da Roça há uma recriação de uma pequena cozinha do interior onde senhoras distribuem alguns quitutes ao púbico, entre os quais, caroço do coco babaçu.

Exposição

A exposição “Carnaval de Todos, um Maranhão de Alegria” está aberta ao público, neste período de Carnaval 2018, na Galeria Silvia Raimunda, do Governo do Estado, localizada na Avenida Pedro II, 38, Centro Histórico de São Luís, ao lado antigo prédio do antigo Hotel Central.

Entre as peças em exposição, fantasias de grupos de Carnaval, máscaras e fofões do acervo do Centro de Cultura Popular Domingo Vieira Filho e cedidos por grupos de carnaval. Fica aberta ao público até o dia 28 deste mês.

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