Pesquisa mostra a ocupação do interior do MA e a navegação no Rio Grajaú

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Como surgiram as primeiras cidades do Maranhão? Como eram as rotas entre as cidades e províncias vizinhas até o século XIX e nas décadas do século XX até a década de 1970, quando as estradas asfaltadas passaram as rotas de transportes?

O livro “Varando mundo – Navegação do Vale do Rio Grajaú”, a ser lançado, neste mês de fevereiro, pelo professor de História da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Alan Kardec Gomes Pachêco Filho, mesmo centrando no tema Rio Grajaú, indica algumas respostas a essas e outras perguntas referentes a ocupação do solo maranhense.

O lançamento será no dia 22, às 19h, na Associação Maranhense de Escritores Independentes (Amei), no São Luís Shopping (Avenida Carlos Cunha).

O livro é resultado da tese de doutorado que ele defendeu, em 2011, na Universidade Federal Fluminense (UFF).

E não é só uma história do Rio Grajaú.

Apresenta um amplo panorama da conquista do interior do Maranhão, desde o século XVIII, e a presença indígena nesse território.

O autor descreve, em detalhes, situações como a rota histórica dos caminhos de comunicação entre as províncias do Maranhão e Goiás, por trilhas de carros de boi e navegação pluvial.

Mostra as nuances do ofício de vaqueiro, que era quase a única alternativa de trabalho em algumas regiões.

Delineia as questões envolvendo demarcações na divisa de Goiás com o Maranhão

E descreve a ocupação do Maranhão a partir de uma rota pela Bahia, dando origem a povoamentos como Pastos Bons, entre outras questões.

Em termos de Rio Grajaú, a pesquisa coloca em pauta um problema grave no Maranhão que é a inavegabilidade dos rios por causa de problemas como o assoreamento .

O Rio Grajaú tinha históricos de navegação por causa da sua sinuosidade e pouco volume de água. Mas, hoje, enfrenta problemas ambientais.

O Rio Pindaré, por exemplo, já foi navegável. Hoje, em alaguns trechos, no período seco (agosto a outubro) fica semelhante a um riacho.

Enfim, o livro é rico e pode fomentar muitos debates. É um bom lançamento editorial neste início de ano.

Veja a tese de doutorado que deu origem ao livro 

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