Adriano Ramos e a Exposição Herança Africana na Arte Sacra Brasileira: Oratórios, nesta sexta, 11

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Um dos mais destacados restauradores do Brasil, Adriano Ramos, 61 anos, está em São Luís com a exposição “Herança Africana na Arte Sacra Brasileira: Oratórios”, que será aberta, nesta sexta-feira (11), às 11h, no Centro Cultural Vale, na Av. Henrique Leal, 149, na Praia Grande, Centro Histórico de São Luís.

A exposição poderá ser visitada até 11 de agosto, de terça a sábado, de 10h às 19h, exceto feriados. A promoção é do Ministério da Cultura e Vale.

Em um café, na Praça Benedito Leite, Adriano Ramos disse que é um admirador de São Luís.

Com mais de 30 anos de experiência profissional, ele não esconde a expectativa com relação a abertura da exposição em São Luís.

Natural de Ouro Preto, ele e a irmã, Maria Regina Ramos, são restauradores. Desde a infância convivem com antiguidades, pois são filhos de colecionadores.

Adriano Ramos é restaurador desde os 14 anos. É o pioneiro no uso de técnica com gases inertes para combater a infestação de insetos. Salvou de cupins coleções da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, e da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Por meio de sua instituição, a empresa Grupo de Oficina Restauro, realizou diversos trabalhos em igrejas, museus e casarões. Várias peças sacras e obras de arte recuperam o brilho original perdido com a ação do tempo e do homem.

Fundado na década de 1980, o empresa restaurou o Palácio da Liberdade e a Igreja São José, em Belo Horizonte; o Museu do Ouro de Sabará e igrejas, no Brasil e Portugal.

Abaixo texto do Centro Cultural da Vale 

Nova exposição do CCVM traz ao Maranhão coleção de oratórios produzidos por artesãos negros entre os séculos XVIII e XX

O Centro Cultural Vale Maranhão abre nesta sexta-feira (11) a exposição Herança Africana na Arte Sacra Brasileira: Oratórios, que reúne 57 peças do acervo associado ao Museu do Oratório de Ouro Preto (MG). A abertura será realizada às 19h.

É a primeira vez que os oratórios presentes na exposição são exibidos em conjunto. São obras muito diversas, dos séculos XVIII e XX, a maioria procedente de Minas Gerais e algumas da região Nordeste.

“Os oratórios reunidos nesta exposição capturam nosso olhar e nosso espírito pela originalidade, pela beleza e pelos tantos significados que carregam. Os artistas negros que os esculpiram, cuja identidade já não é possível recuperar, deixaram em cada peça a marca de sua cultura de origem, produziram uma releitura de padrões estéticos que não eram os seus e os transformaram definitivamente. Temos a satisfação de receber um conjunto de oratórios tão especiais e raros”, disse Paula Porta, diretora e curadora do CCVM.

Os materiais mais simples e corriqueiros por eles utilizados, as dificuldades de realização pela escassez de instrumentos de esculpir, a liberdade expressiva que se nota nas pinturas e ornamentações, a religiosidade reprimida e intimista, são alguns aspectos que o olhar perspicaz da curadora Angela Gutierrez, grande conhecedora da arte sacra brasileira, identifica nessas peças.

A curadora destaca que a mostra é um chamado a reconhecer a importância do negro na formação da cultura brasileira.

“A arte sacra brasileira retrata esta influência com beleza e singularidade. Não se entende o Brasil sem reconhecer a força, a originalidade e a grandeza do negro em nossa formação. O rico patrimônio artístico e cultural do país tem uma fonte inesgotável de inspiração nas raízes africanas. Temos a África dentro de nós“, afirma.

A exposição Herança Africana na Arte Sacra Brasileira: Oratórios faz parte da programação do ano Beleza Pura, que celebra a grandeza do negro na cultura brasileira. É uma homenagem ao povo negro do Maranhão e ao legado de tantos artistas anônimos afro-brasileiros.

Serviço

O quê: Abertura da exposição Herança Africana na Arte Sacra Brasileira: Oratórios, acervo associado ao Museu do Oratório de Ouro Preto (MG) – Programação do ano Beleza Pura no CCVM.

Quando: Sexta-feira, 11 de maio, às 19h.

Local: Centro Cultural Vale Maranhão, Av. Henrique Leal, 149, Praia Grande.

Entrada gratuita.

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