O Rio Pindaré, caminho de águas às regiões de lagos e alagadas da Baixada Maranhense, está desaparecendo.
Até a década de 1960, era a principal via de acesso a diversas regiões do interior do Maranhão.
A fotografia, provavelmente das décadas de 1940/1950, mostra a cidade de Cajari, às margens do Rio Maracu.
O Rio Maracu é um canal que liga o Rio Pindaré aos lagos de Viana e Cajari, onde estão as cidades de cidades de Viana, Penalva, Matinha, entre outras.
Segundo o jornalista Nonato Reis há dois rios Maracu. O segundo fica nas proximidades de Viana.
Navegação
O meu pai, José de Jesus Mendes Martins, comerciante em Pindaré-Mirim, foi proprietário de uma empresa de navegação pelos Rios Pindaré e Mearim.
Sou filho temporão e meu pai já tinha 60 anos quando eu nasci. Não conheci as embarcações dele: Nossa Senhora de Nazaré, São José de Penava, Santa Serafina e São Sebastião.
Santa Serafina só fez uma viagem. Naufragou em 1955, na altura de Arari, por causa das pororocas. O comandante da embarcação era Manoel Pezão.
As embarcações faziam linha pelo Rio Pindaré e pelo lagos para municípios como Viana e Penalva, Pindaré-Mirim, Arari e Monção. Havia, também, uma linha pelo Rio Mearim, para as cidades de Bacabal e Pedreiras.
Baixada Maranhense
Rio Pindaré nasce na Serra do Gurupi e deságua próximos a foz do Rio Mearim e acesso à Baía de São Marcos.
Cajari fica entre o espaço de terra localizado entre o Rio Pindaré e o Lago Viana.
O Rio Maracu, de Cajari, tem 18 km.
A Baixada Maranhense é inundada pelos rios Mearim, Pindaré, Grajaú, Pericumã e afluentes. Os rios transbordam e inundam as planícies da região, formando lagos, alguns temporários outros permanentes.
A região tem 1.775.035,6 hectares de extensão. É composta por 21 municípios: Anajatuba, Ariri, Bela Vista do Maranhão, Cajari, Conceição do Lago-Açu, Igarapé do Meio, Matinha, Monção, Olinda Nova do Maranhão, Palmeirândia, Pedro do Rosário, Penalva, Peri-Mirim, Pinheiro, Presidente Sarney, Santa Helena, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer, Viana e Vitória do Mearim.
Possui imensos campos, que podem ser inundáveis e tesos. Na época das chuvas, de dezembro a julho, os campos baixos ficam alagados, restando ilhas de terras firmes e áreas de campos em terreno um pouco elevado, chamadas regionalmente de teso.
De acordo com pesquisa de Naíla Arraes de Araújo, tesos são áreas formadas pela deposição de sedimentos que se acumularam ao longo dos tempos e continuam a acumular-se (bem como a sofrer erosão), podendo ser inundáveis ou não.
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