Casa de Farinha do Maranhão

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Casa de Farinha no Sítio Piçarreira, no município de Turilândia, na região da Baixada Maranhense

Agosto de 2021

Autor da foto: Fernando Barboza

 

Segundo o professor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Carlos Magno dos Anjos Veras, que elaborou um panorama da produção de farinha no Maranhão, há registro dessa atividade produtiva, já do século XVI, nos primórdios do Brasil, no Período Colonial, época em que dividiu espaço com outra cultura, a cana de açúcar e, depois, com o arroz.

“Embora tenha reconhecida importância histórica, alimentar, social e econômica, essa tão importante atividade da agricultura familiar ainda carece de visibilidade social e cientifica sistematizada”, explica o professor em entrevista ao portal do IFMA.

Em geral, as casas de farinha, no Maranhão, têm cobertura de palha de babaçu, piso de chão batido, sem paredes ou com meia parede de taipa ou ainda com paredes de varinha. A estrutura física é geralmente composta de uma edificação principal, de varandas e, em alguns casos, depósito para guarda de materiais diversos.

A varanda é uma espécie de extensão da unidade, que protege a lenha e a fornalha. É o local onde é feito o fogo com a lenha para aquecer o forno de torração, o catitu (ralador), a prensa (para extração da umidade da massa ralada) que pode ser o tapiti, manual mecânica, prensa de viga e arataca (estrutura de madeira com peso nas extremidades, improvisada pelos produtores ou proprietário das casas de farinha).

Também costumam ficar na varanda os coxos e caixas de madeira beneficiada utilizados para receber a massa ralada saída do catitu, para peneirar e receber a farinha pronta para ser embalada, comercializada ou consumida pela família.

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