Superlua Azul de Sangue nesta quarta-feira (31)

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Ilustração da Nasa mostra como a Lua aparecerá em 31 de janeiro para quem estiver em pontos específicos, como a costa oeste americana | Foto: Nasa

 

* Texto e fotos BBC Brasil / Nasa / Portal da Ufma

 

Uma rara coincidência de fenômenos celestes ficará visível no céu de algumas partes do mundo, nesta quarta-feira (31).

Ocorrerá, ao mesmo tempo, uma superlua, lua azul e a chamada lua de sangue.

Segundo a Nasa, essa coincidência fará do 31 de janeiro de 2018 um dia ‘especial’.

O Laboratório Ilha, da Ciência, da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), promoverá, em parceria com a Prefeitura de São José de Ribamar, o ‘Ribamar, olhe para o céu’, às 18h, no cais do porto, na frente da igreja, ao lado do parquinho, em São José de Ribamar.

Serão disponibilizados telescópios e suporte da equipe do Laboratório Ilha da Ciência para a observação de dois dos três fenômenos. A entrada é franca.

Comunicado da Agência Espacial Americana (Nasa) afirma que essa é a terceira de uma série de superluas.

Superlua é quando a Lua está mais perto da Terra em sua órbita e cerca de 14% mais brilhante do que o normal. É um acontecimento conhecido como perigeu

O comunicado informa, também, que é a segunda lua cheia do mês, fenômeno conhecido como ‘lua azul’. E a superlua vai passar pela sombra da Terra, com um eclipse total. Enquanto a Lua estiver na sombra terrestre, terá um aspecto avermelhado, algo conhecido como lua de sangue.

“Aqui no Brasil, porém, só conseguiremos ver a superlua”, explica à BBC Brasil Claudio Bevilacqua, astrônomo e físico do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A quase totalidade da América Latina e a maior parte da África e da Europa Ocidental também estão na zona que não conseguirá ver o eclipse, tanto pelo fuso horário quanto pela órbita terrestre.

“A posição da órbita da Lua é mais favorável à visualização no hemisfério Norte. (O eclipse com lua avermelhada) vai ser visto na Ásia e na costa oeste dos EUA”, diz Claudio Bevilacqua.

A região ideal para ver essa rara combinação é o oeste americano, informa a Nasa. E trata-se de algo raro. A última ocorrência de um eclipse total de superlua azul de sangue, nos EUA, foi há cerca de 150 anos, em março de 1866.

A Nasa transmitirá a raridade pelas redes sociais e pelo site Site da Nasa

Superlua em dezembro de 2017 em Washington; aparência avermelhada é efeito das partículas da atmosfera terrestre | Foto: Nasa captada via BBC Brasil

Superlua

O termo se refere à Lua cheia no ponto mais próximo em sua órbita ao redor da Terra. Essa proximidade faz com que a Lua aparente ter tamanho maior.

“Quando a Lua aparenta de 10% a 15% maior, a mudança é considerável e visível a olho nu”, explica à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC) Francisco Diego, professor de astronomia da University College London.

A superlua de 31 de janeiro será a terceira de algo que a Nasa chamou de “trilogia de superluas”, já que essa ocorrência foi registrada também em 3 de dezembro de 2017 e 1º de janeiro de 2018.

Lua azul

“A superlua será, além disso, a segunda lua cheia que teremos em janeiro”, afirma Diego.

“Trata-se de um mês com duas luas cheias. Quando isso ocorre, é chamado de lua azul.”

Eclipse lunar

Neste 31 de janeiro, a Terra, o Sol e a Lua vão se alinhar, provocando um eclipse lunar total.

Na América do Norte, o eclipse será visível antes do amanhecer de 31 de janeiro.

Também ficará visível na Ásia, Austrália, Nova Zelândia e no leste da Rússia. Mas não na maior parte da América do Sul, da África e da Europa Ocidental.

Lua de sangue

Os observadores do eclipse verão uma grande Lua de cor avermelhada, a chamada “lua de sangue”.

Isso, explicam os especialistas, se deve ao efeito da atmosfera terrestre.

“Quando a Lua está dentro da sombra da Terra, com o Sol completamente bloqueado da superfície lunar, os raios solares se curvam ao passar pela atmosfera terrestre”, explica a Nasa.

“A atmosfera age como uma lente e curva o raio a ponto de que os nasceres e pores de sol (de luz vermelha e laranja) iluminam a Lua. Cada eclipse lunar é diferente. As cores variam de laranja claro ao (temporário) desaparecimento completo da Lua no céu.”

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