A fotografia captada pelo fotojornalista venezuelano, da Agence France-Presse, Ronaldo Schmidt, 47 anos, é a vencedora do concurso World Press Photo 2018.
A imagem apresenta o manifestante José Víctor Salazar Balza, em chamas, nas ruas de Caracas.
A cerimônia de entrega do prêmio foi, esta semana, em Amsterdã, na Holanda.
Foram selecionadas 73.044 imagens tiradas por 4.548 fotógrafos de 125 países.
As fotografias finalistas são intrigantes. Eu, particularmente, escolheria a foto captada por Toby Melvill, da agência Reuters, de uma mulher que ajuda uma das vítimas do atropelamento na ponte de Westminster, em Londres (Grã-Bretanha), em 22 de março de 2017. O olhar da senhora atropelada é de desespero.
As fotos foram indicadas nas categorias Foto do Ano e Temas atuais.
Veja as fotos finalista por aqui pelo site Fotos finalistas no jornal El Pais
Foto vencedora
Ronaldo Schemidt trabalha para a AFP no México e foi cobrir as manifestações de 2017 na Venezuela. Ele olhou manifestantes pegarem uma moto da polícia, cujo tanque explodiu diante do rosto de José Víctor Salazar Balza, de 28 anos.
“Senti o fogo e reagi automaticamente. Levantei a câmera e comecei a tirar fotos de uma explosão. Ainda não sabia o que estava acontecendo, até alguns segundos depois”, contou Ronaldo Schemidt à AFP.
Na foto premiada é possível ver o manifestante com uma máscara de gás correndo com o corpo em chamas. Segundo os organizadores do prêmio, o jovem sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau, mas sobreviveu.
Vejam que há uma pistola (pintada) na parede junto à qual se lê ‘paz.
World Press Photo
Em 1955, um grupo de fotógrafos holandeses organizou um concurso internacional, o World Press Photo, para expor seu trabalho a um público global.
Desde então, o concurso tornou-se o mais prestigiado de fotografia do mundo, organizado pela Fundação World Press Photo, uma instituição sem fins lucrativos com sede em Amsterdã.
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