Em uma tarde de sol, deste maio de 2018 – terça-feira (14), quando o período de chuvas prenuncia seu fim, o fotógrafo Ribamar Alves, 92 anos, caminha, com tranquilidade e muita saúde, pela Praia Grande.
Morando atualmente no bairro Vila Nova, ele estava com suas compras a caminho do terminal de ônibus da Praia Grande.
Em uma parada na Banca do Dácio, no estacionamento da Praia Grande, conversou, com o artista gráfico Cordeiro Filho, 67 anos, e Dácio Borges, 62 anos, sobre o assunto que mais lhe agrada: câmeras fotográficas analógicas.
“Todas minhas maquinas são analógicas, ainda não entrei no tempo das máquinas digitais”, diz Ribamar Alves, com o sorriso e a tranquilidade de sempre.
Da banca, decidiu tomar uma água de coco em frente da Centro de Criatividade Odylo Costa, filho.
Ao olhar o nome de Odylo Costa, filho em frente ao centro cultural, rememorou o tempo que conviveu com ele.
“Trabalhei com Odylo no antigo IAPC [Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários], no Rio de Janeiro. Era a previdência federal dos comerciários que, depois, se uniu com outras previdências e virou INPS. Ele era procurador. Quando a gente se encontrava a conversa era só o Maranhão”.
O IAPC o fez lembrar de Henrique de La Rocque que, segundo ele, foi presidente do IAPC. “Quando a gente se encontrava, ele repetia sempre: seu Zé, eu quero deixar uma obra em nossa terra; foi ele que incentivou a criação do Filipinho e do Hospital Dutra”.
Ribamar Alves
José de Ribamar Alves tem dezenas de premiações em exposições e salões de fotografias do Brasil e do exterior.
Nasceu em Viana, em 1926. Em 1948 foi para o Rio de Janeiro. Trabalhou no jornal Folha Carioca e se formou em engenharia civil. Foi aprovado em 1º lugar no concurso para o IAPC.
Morou em Alcântara e, atualmente, reside em São Luís.
Entre as mais de 50 premiações, medalha de ouro, em Bordeaux (França), com a fotografia “Carro de Bois”; e primeiro colocado no concurso promovido pela revista Realidade, com a foto Simetria à Vela, feita em Viana.
Um de suas fotografias mais famosas, uma casa de palha de dois andares, no então povoado Raposa (hoje município da Região Metropolitana de São Luís), faz parte do acervo da Superintendência do Iphan no Maranhão.
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