Lançamento de livro de Cynthia Martins

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Cynthia Carvalho Martins entre o bruxo  Justino e o artista visual Mondego

O lançamento do livro Miração, divulgado no site Agenda Maranhão e suas redes sociais, foi um sucesso, marcado por uma diversidade de formas de expressão e venda significativa de livros.

A poeta Cynthia Carvalho Martins conseguiu vender um total de 70 livros em um intervalo de 2 dias. Essa contabilidade corresponde aos 45 livros vendidos no dia do lançamento e os adquiridos no dia seguinte ao lançamento.

Cada livro foi vendido por R$ 30,00 e o valor total do livro correspondeu a R$ 2.100,00.

A venda é resultado de um trabalho social, realizado pela professora da Universidade Federal do Maranhão (Uema), Cynthia Carvalho Martins, em defesa dos povos quilombolas, indígenas e outros, pois, a sua poesia não é dissociada dessa sua atividade como pesquisadiora.

No evento, a presença de quilombolas, índios, artistas, pesquisadores universitários, entre outros.

Djuena Tikuna, Rosa Tremembé, Diego Janatã e a poeta Cynthia Carvalho Martins

Assim se expressa a poeta Cynthia Carvalho Martins sobre essa venda:

Fiquei surpresa com a quantidade de vendas, considerando a crise que estamos vivendo e o caráter improvisado do lançamento.
Quando falo improvisado destaco o seguinte: não recebi qualquer incentivo privado ou governamental para realizar o evento e não tinha noção exata de quais convidados estariam presentes, incluindo aqueles que tinham algo a apresentar, ou seja, os poetas, pajés, xamãs, quilombolas, indígenas, bruxos, músicos e artistas plásticos.
Então, as coisas foram acontecendo.
Eu, como poeta não fiquei sentada dando autógrafos. Estava de alguma maneira, coordenando o palco, a cozinha, recebendo os convidados, participando de alguns rituais… Enfim, ninguém tinha uma atuação pré-definida e nada foi programado.
Mas foi legal e eu em nenhum momento me senti dividida, tudo fluiu bem. Mas o que quero dizer é que as vendas tiveram relação com a divulgação, que foi boa, pelo site Agenda Maranhão, e, também, porque os presentes estavam relacionados a uma dimensão coletiva e sempre levavam outras pessoas.
Aliás, essa dimensão coletiva é importante, ela gera a solidariedade. Talvez as vendas, por incrível que pareça, tenham a ver com esse coletivo. Sim, porque, hoje, as pessoas estão querendo comprar livros sem financiamento de empresas, que são produzidos com autonomia. É essa autonomia que gera o diferencial em tempos de luta e de investimento em uma dimensão meramente mercadológica. Não é o meu caso, meu livro vendeu bem justamente porque está desatrelado de qualquer institucionalidade.

 

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