Solar Cultural Maria Firmina dos Reis faz um ano este mês

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Autor: Ed Wilson Araújo (Jornalista e professor da UFMA)

Inaugurado em 6 de julho de 2019, o Solar Cultural Maria Firmina dos Reis completa um ano este mês. O nome homenageia a uma escritora negra, abolicionista, citada entre as pioneiras do romance brasileiro, autora de Úrsula, obra de referência na Literatura, publicada em 1859.

A criação do solar é uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Localizado em um charmoso casarão na Rua Rio Branco, 420, no Centro Histórico de São Luís, nesse pouco tempo de vida o ambiente passou a ser um dos principais pontos de referência dos encontros culturais e políticos da capital do Maranhão.

Trabalhadores e trabalhadoras rurais, estudantes, professores, artistas, jornalistas, profissionais liberais e a militância democrática em geral compõem o público que acessa palestras, debates, sessões de estudo, shows e recitais, entre outras produções realizadas no solar.

O site Agenda Maranhão publicou, na celebração do Dia da Consciência Negra (20 de novembro de 2019) a presença do professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal), Boaventura de Sousa Santos, na foto com as cantoras e compositoras maranhenses Anastácia Lia e Andrea Frazão e a filósofa Susan Lucena.

Sala de reunião, espaço para leitura, livraria, restaurante, quitanda com oferta de produtos orgânicos, bar na parte superior (onde é possível ver o pôr do sol) e boa acolhida fazem parte do cardápio de oportunidades proporcionadas pelo Armazém do Campo. A oferta de produtos orgânicos reforça o compromisso do MST em dois sentidos: a reforma agrária e o cultivo de alimentos saudáveis.

Maria Firmina inspirou o batismo do Armazém do Campo.
Imagem capturada no site mst.org.br

Entre os propósitos do Armazém do Campo está o de demarcar o território da produção e comercialização de alimentos originados da agricultura familiar cultivados sem veneno em diversas regiões do Maranhão, especialmente nos assentamentos do MST.

Mas, o espaço é sobretudo um lugar de resistência democrática e de encontros para celebrar o trabalho, a produção da terra e os afetos.

A opção de instalar o espaço no Centro Histórico de São Luís também agregou valor a essa importante região da cidade, que vem recebendo algumas obras de revitalização decorrentes do PAC Cidades Históricas, iniciado no governo Dilma Roussef (PT), em 2013.

Embora não tenha celebração presencial, o aniversário de 1 ano do Solar Cultural Maria Firmina dos Reis é lembrado nas redes sociais.

 

Veja uma das postagens que circularam nas redes sociais

“Este bloco de homenagens ao primeiro ano de vida é dedicado a um dos espaços que inspiram luta e fazem chegar à sua mesa os frutos dos nossos ideais: o Armazém do Campo!

Conheça um pouquinho de quem produz, como e onde produz e quem consome. Porque “quando se tem a terra, em se plantando dá (…) tem coco, tem limão, tem carambola!”

A gente quer terra pra plantar!

A gente quer terra pra viver!

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