França, o relojoeiro do João Paulo

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No mundo hiperacelerado de hoje parece não ter espaço para o lento e preciso trabalho do relojoeiro José de Ribamar França, 77 anos, no coreto da praça do João Paulo, tradicional bairro de São Luís do Maranhão (Brasil).

São mais de 40 anos de trabalho no João Paulo, onde é conhecido por França.

Nascido na área do Lira, aprendeu a consertar relógio com um vizinho, na área do bairro Alemanha onde morou.

França tem voz tranquila expressa por meio de frases curtas e exatas.

“Aprendi a consertar relógio com  um cara que morava na área da Alemanha.  Morava perto dele. Era cearense. Gostava da um birita da porra! Já morreu, ele”.

 

 

Com uma lupa em um dos olhos, França manipula um relógio com toda a calma e cuidado.

Usa ferramentas como minúsculos alicates, mini-chaves de fenda, espátulas (tipo canivete), uma pinça de ponta reta e fina para abrir, desmontar, consertar depois, fechar a caixa do relógio.

O faturamento é impreciso. “Tiro de R$ 20 até R$100 por dia”, especula.

França e seu ofício parecem deslocados em meio ao João Paulo de hoje onde é mais comum encontrar jovens oferecendo serviço de conserto de celulares.

Mas França não desanima. Segue firme seu ofício.

 

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