Maria Firmina dos Reis para crianças

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A jornalista e escritora Andréa Oliveira lança o livro “Maria Firmina, a menina abolicionista”, nesta sexta-feira (11) às 18h, na Sala Sesc de Exposição (Av. dos Holandeses, em São Luís – Brasil). A publicação é voltada para o público infanto-juvenil.

A edição, a venda no valou de R$ 50,00, celebra o bicentenário da romancista maranhense Maria Firmina dos Reis, que viveu no século XIX.

O livro é fruto de dois anos de pesquisa sobre a personagem e, também, sobre a escravidão. Relata a vida de uma menina afrodescendente, que viveu em uma vila do interior do Maranhão, no século XIX. Se tornou a primeira professora concursada do estado, a primeira mestra-régia e romancista publicada nos jornais de São Luís, a capital do Maranhão.

As ilustrações são Mônica Barbosa e o projeto gráfico tem a assinatura de Tay Oliveira. A revisão de texto é de Eulália Oliveira e a impressão foi feita na gráfica Gênesis.

O projeto “Maria Firmina, a menina abolicionista” foi contemplado pela Lei Aldir Blanc (SECMA) e recebeu apoio do Sesc Maranhão.

Maria Firmina

Maria Firmina dos Reis criou a primeira escola em que meninas e meninos estudavam as mesmas lições. A escritora deu voz às pessoas escravizadas, fossem africanas e seus descendentes, fossem indígenas; e questionou o lugar das mulheres.

Atuou como poeta e compositora dos festejos populares, sendo autora de toadas de bumba-meu-boi do Maranhão.

Andréa Oliveira

 

Com o livro sobre Maria Firmina, Andréa Oliveira inaugura a Coleção Meninas do Maranhão, série de biografias infanto-juvenis sobre grandes mulheres maranhenses e, também, o selo independente Palavra Acesa.

Andréa Oliveira estreou no gênero biográfico com a história do compositor João do Vale, com o livro “João do Vale – mais coragem do que homem” (EDUFMA, 1998) e “João, o menino cantador” (Pitomba!, 2017).

 

Trecho do livro “Maria Firmina, a menina abolicionista”

Tudo parecia ir muito bem até que algo muito esquisito aconteceu. Como um feitiço, daqueles que espalham uma nuvem de esquecimento sobre todo um reino, a história dela desapareceu e ficou escondida dentro de um silêncio profundo por mais de um século. A sua vida, toda a obra que criou, tudo foi perdido como uma folha seca no vai e vem das marés. E da grande mestra e escritora abolicionista Maria Firmina dos Reis não sobrou nem mesmo uma fotografia. Um nome sem rosto, um corpo perdido na história, mas uma voz tão forte que um dia, como se por encanto, foi desenterrada do fundo de um monte de livros antigos. E assim ela se tornou uma das escritoras mais admiradas e estudadas do Brasil.

 

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