O fotojornalista Dreyfus Azoubel

A Sāo Luís na visão do fotógrafo Dreyfus Nabor Azoubel está na exposiçāo “História & Natureza: paisagens em movimento na urbe ludovicense” que o Memorial do Instituto Federal do Maranhāo (IFMA) apresenta durante a Semana Nacional de Museus.

A Semana começa neste segunda-feira (15), com abertura às 16h, e prossegue até o dia 2l de maio. A exposição estará na Galeria do Memorial IFMA, que fica na Rua da Palma, nº. 360, no Centro Histórico de São Luís (Brasil).

Dreyfus Nabor Azoubel é considerado o primeiro fotojornalista maranhense. É destaque na História da Fotografia do Maranhāo, ao lado de Charles DeForest Fredricks, o primeiro fotógrafo a trabalhar no estado; Rodolpho Vasconcelos, provavelmente o primeiro fotógrafo nascido no Maranhão; Gaudêncio Cunha, Ribamar Alves, Edgar Rocha e outros.

Como fotojornalista foi o autor de imagens marcantes como as do incêndio e naufrágio do navio Maria Celeste, no Rio Anil, no ano de 1954, e as da presença do caudilho argentino Juan Peron em Sāo Luís.

Filho de Leão Azoubel

Dreyfus Azoubel é um dos 15 filhos de Leāo Menagem Azoubel, imigrante turco, de origem judia, e da maranhense Ana Lopes Azoubel.

Nasceu na Rua das Crioulas, em Sāo Luís, no dia 12 de julho de 1919. Aos cinco anos de idade já ajudava o pai na produçāo das entāo fotografias analógicas (tecnologia diferente digital, utilizada atualmente), realizando serviços como a limpeza e sensibilizaçāo de chapas de vidro para transformá-las em negativos fotográficos.

Prestou serviço em diversas instituiçōes públicas e privadas de Sāo Luís, entre as quais os jornais A Pacotilha, 0 Globo e O Imparcial.

Exerceu o ofício de fotógrafo por mais de 60 anos, período em que vivenciou o cotidiano da Sāo Luís das décadas de 30 a 80 do século XX.

A sua última obra de arte foi feita em julho de 2002, na cidade de Sāo José de Ribamar, quando fotografou a escultura de um anjo na praça da igreja, cinco dias antes do seu falecimento em 02 de agosto daquele mesmo ano.