Obras de Gonçalves Dias em Washington D.C.

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Por Cynthia Carvalho Martins

 

A Library Oliveira Lima, vinculada à Catholic University of América, em Washington D. C., possui, em seu acervo, mais de 50 livros referidos ao poeta brasileiro Gonçalves Dias, incluindo os de sua autoria e outros, sobre sua vida e obra.

 

As leituras nos conduzem à compreensão da vastidão da produção do autor maranhense, cujo trabalho possui dimensões histórica, poética, teatral e etnográfica; assim como remetem à erudição do poeta, que possuía conhecimentos variados, inclusive no domínio de línguas estrangeiras.

 

Segundo o crítico literário Ruggero Jacobbi, como bom romântico, o poeta estudava o francês, alemão e italiano, tendo investido, no campo da história teatral, na tradução de autores clássicos como Goethe e Schiller.

 

No ano de 1942, o escritor M. Nogueira da Silva publicou a primeira sistematização dos trabalhos de Gonçalves Dias, o livro “Bibliografia de Gonçalves Dias”, ressaltando, logo na introdução, a falta, na produção intelectual brasileira, das bibliografias individuais.

 

A bibliografia citada inclui publicações referências ao poeta, entre as quais destaca-se um livro de autoria do próprio Oliveira Lima, doador da biblioteca para a Catholic University of América, traduzido para o sueco por Goran Bjorkman, no ano de 1911, intitulado “Brasiliens Literatur”. O livro é citado, na bibliografia de Nogueira, como reproduzindo a Canção do Exílio.

 

Segundo Nogueira, as biografias, geralmente, contém uma lista dos trabalhos dos autores, mas sempre com muitas lacunas.

 

É salutar diferenciar as bibliografias das biografias, isto porque as referências às biografias de Gonçalves Dias são vastas, a exemplo da escrita por Lúcia Miguel Pereira, publicada em 1943, baseada em documentos históricos.

 

Nos apêndices do livro de M. Nogueira da Silva são reproduzidas fotografias e litografias raras do poeta caxiense.

 

As litografias são de autoria do desenhista Henrique Fleiuss, expostas durante a Semana Ilustrada, ocorrida em 21 de setembro de 1862 no Rio de Janeiro.

 

Cynthia Martins é antropóloga, poeta e professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Atualmente pesquisa “A etnografia: repensando os limites disciplinares”, em pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em História da UNIRIO.

 

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Vídeo sobre a biblioteca Oliveira Lima

 

 

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